Letra: Dom Francisco de Aquino Corrêa
Música: Emílio Heine
Letra:
Limitando, qual novo colosso
O ocidente do imenso Brasil
Eis aqui, sempre em flor, Mato Grosso
Nosso berço glorioso e gentil
Eis a terra das minas faiscantes
Eldorado como outros não há
Que o valor de imortais bandeirantes
Conquistou ao feroz Paiaguás!
Salve, terra de amor, terra do ouro
Que sonhara Moreira Cabral!
Chova o céu dos seus dons o tesouro
Sobre ti, bela terra natal!
Terra noiva do Sol! Linda terra!
A quem lá, do teu céu todo azul
Beija, ardente, o astro louro, na serra
E abençoa o Cruzeiro do Sul!
No teu verde planalto escampado
E nos teus pantanais como o mar
Vive solto aos milhões, o teu gado
Em mimosas pastagens sem par!
Salve, terra de amor, terra do ouro
Que sonhara Moreira Cabral!
Chova o céu dos seus dons o tesouro
Sobre ti, bela terra natal!
Hévea fina, erva-mate preciosa
Palmas mil, são teus ricos florões
E da fauna e da flora o índio goza
A opulência em teus virgens sertões
O diamante sorri nas grupiaras
Dos teus rios que jorram, a flux
A hulha branca das águas tão claras
Em cascatas de força e de luz
Salve, terra de amor, terra do ouro
Que sonhara Moreira Cabral!
Chova o céu dos seus dons o tesouro
Sobre ti, bela terra natal!
Dos teus bravos a glória se expande
De Dourados até Corumbá
O ouro deu-te renome tão grande
Porém mais, nosso amor te dará!
Ouve, pois, nossas juras solenes
De fazermos em paz e união
Teu progresso imortal como a fênix
Que ainda timbra o teu nobre brasão
Salve, terra de amor, terra do ouro
Que sonhara Moreira Cabral!
Chova o céu dos seus dons o tesouro
Sobre ti, bela terra natal!